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sábado, 2 de abril de 2011


Cidade de Goiás

Dia 18 de março de 2011, às 2:00h., da manhã, saímos para uma visita à Goiás Velho,

cidade histórica, que atraí muitos visitantes, pela sua fonte histórica e atrativos turistícos.


Chegamos aproximadamente as 9:20h., a visão que tivemos foi algo surpreendendor, apreciamos o artesanato local, que muito nos impressionou, são maravilhosos e feito com muita dedicação e habilidade.

Logo nos aproximamos de uma das praças, por certo a mais visitada da cidade.

Pudemos apreciar o bom gosto de toda arquitetura planejada deste local.

Como já estava agendado anteriormente, fomos recebidos por um guia turistico muito bem informada, que muito nos auxiliou.

Declarou-nos fatos relevantes sobre a antiga Capital do Estado de Goiás, que foi fundada em 1727, pelos bandeirantes, homens desbravadores que fizeram muitas desobertas e fundações.

A cidade de Goiás, mas conhecida como Goiás Velho, tem origem no seu nome como uma homenagem aos antigos habitantes, os índios goyazes.

Os casarões, capelas e igrejas revelam a riqueza de detalhes dos anos em que a cidade viveu o auge da exploração do ouro.

Na praça citada anteriormente, está localizado também o Museu das Bandeiras, visualizamos várias coisas interessantes, ouvimos com muita expectativa a história relatada pelo guia Edna, que nos contou um pouco sobre a história dessa belissíma cidade.



Na década de 1950, ao ser transformado em Museu, foram feito algumas alterações, como abertura de portas com o intuito de facilitar o acesso dos visitantes a determinados compartimentos, além da construção de sanitários e salas de apoio.




Exatamente em 1682, século XVII, Batolomeu Bueno da Silva e seu filho de apenas 12 anos de idade, organizaram uma bandeira e chegaram a Goiás, descobrindo muitas minas de ouro, graças aos seus esforços que foram recompensados no seu empreendimento.

Conta a lenda que Bartolomeu o "bandeirante", procurava as ambicionadas minas, quando deparou com índios, que impediram sua entrada, sem nenhum pudor ou respeito assassinou milhares de índios que ali habitavampor direito.
Bartolomeu então teve uma ideia: encheu uma vasilha de álcool e ateou fogo. Os índios apavorados pensando tratar-se de água e diante da ameaça do bandeirante de queimar-lhes os rios, renderam-se. Os índios sob pressão psicológica, não só permitiram a entrada dos exploradores em seus territórios, como ainda lhes revelaram a localização das minas. Em 1727, quarenta anos depois, seu filho voltou com uma bandeira, ao local das minas e durante três anos, andou pelos sertões à procura dos antigos sítios descobertos. Não os encontrando, porém, depois de alguns tempo, fundaram um núcleo chamado Barra, que foi transferido para as margens do Rio Vermelho como o nome de Santana, que mais tarde se tornou a Vila Bieno, que hoje é a cidade de Goiás. Bartolomeu Bueno da Silva foi o último dos grandes bandeirantes que desvendou os caminhos para o oeste tornando conhecido o alto sertão brasileiro.
Tombado pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico Arqueológico Nacional), em 03 de maio de 1951, passou por algumas reformas bem como restaurações. Este trabalho aconteceu no período de 30 de junho de 2004 à 11 de julho de 2005. O fato que mais impressionou aos educandos, foi a mostra da cadeira daquela época, sofriam uma situação de humilhação e constrangimento desumanos para qualquer época. Também muito nos interessou as curiosidades sobre as formas de como extraiam o ouro e os instrumentos utilizados , apontando o uso das suas riquezas, talhadas em ouro. No péríodo de 1766 à 1950, o Museu das Bandeiras, funcionou como Casa da Câmara e Cadeia Pública, sua estrutura física, de acordo com informações eram paredes com metragem de mais ou menos 1,40m (um metro e quarenta centímetros) de largura, a cela era subterrânea, escura, úmida e suja, não tinha janelas, e muito menos portas, seus prisioneiros eram colocados ali por uma escada e que em seguida era tirada dessa sala, era impossibilitados de ver a luz do sol, não tinha cama, eram obrigados a dormirem no chão. A umidade do terreno era consequência do sal que jogado propositalmente fazia parte de mais uma tortura destinada àqueles detentos que estavam fadados à morte. Eram obrigados a fazerem suas necessidades fisiológicas em um barril, que era retirado depois de cheio pelos próprios presos que carregavam até o Rio Vermelho para esvaziá-lo. Ouvindo essa história qualquer um sente na alma a crueldade desumana que eram submetidos ali.
O Colégio Sant'Ana, fundado em 05 de setembro de 1889, com objetivo único de abrir uma escola para meninas, com o passar dos tempos, o ensino foi estendido também aos meninos.

As fundadoras foram oito irmãs francesas, três das quais já havia morado em Uberaba e as outras cinco eram migrantes da França no ano de 1889.

A viagem da França ao Brasil foi de navio, e de Uberaba para Goiás, à cavalo 12o léguas, gastaram 29 dias.

O Bispo da cidade de Rodez, na França, superior das irmãs, exigiu a assinatura de Dom Cláudio Ponce de Leão, num contrato de doze cláusulas, das quais o primeiro artigo dizia:
"O Colégio será dirigido e administrado pelas religiosas Dominicanas e compreenderá a educação de jovens ricas, pobres, filhas de escravos, e ainda visita aos doentes em domicílio"
Quando as irmãs fundadoras do Colégio Sant'Ana chegaram, foram recebidas com uma enorme festa com duas bandas de música e uma chuva de fogos artifício, pois não foi fácil para o Bispo trazê-las.

A casa do Bispo, transformada em escola, era pequena, mas agradável.

No primeiro dia, apareceram cinco alunas que desejavam ser internas e uma centena de externas. A maior preocupação das irmãs era acolher as crianças pobres e as filhas de escravos mas sofridas.


A antiga cidade de Goiás foi à escola preparatória para a formação de homens, que deveriam se comprometer com o destino ao Estado de Goiás.




Perto da Casa da Câmara e Cadeira Pública, foi construída o Chafariz, cujo nome era "Chafariz de Caudas", pelo motivo de que as pessoas precisavam bombear uma calda de ferro para obterem água esta construção com padrões do século XVIII, foi uma iniciativa para o abastecimento de água potável à população. A água fornecida pelo chafariz, captada no córrego Chapéu de Pedra, era inicialmente canalizada em dutos entalhados em pedra-sabão, posteriormente, era transferida para outro dutos, feitos de lajes e betumados. Atualmente, com a poluição da nascente do rio pelo esgoto urbano, o fornecimento de água foi interrompido, recentemente, em uma de suas últimas restaurações, a água, proveniente da rede pública, passou a ser canalizada.

Construído em pedra, detalhes em pedra-sabão, o chafariz possui em seu corpo central três bicas, uma fornecia água a população, outra destinava-se aos animais e a última a lavagem dos barris com os dejetos de fezes e outros.
Estas arquiteturas, conforme informações, demonstravam o poder aquisitivo das pessoas, quanto melhor situado mas barrados superiores a casa tinha.
Em 1748 foi criada a Capitania de Goiás, seu primeiro governador, dom Marcos de Noronha, o Conde dos Arcos, veio habitar ali cinco anos depois. O prédio do Palácio Conde dos Arcos foi a primeira sede dos governadores da Província construída em 1751, servia de residência e Palácio de despachos dos governadores.
Por influências sócio políticas e econômicas o governador Pedro Ludovico assina o decreto, mudando em definitivo a capital de Goiás para Goiãnia, em 3 de março de 1937.
Vila Boa de Goyás, a antiga capital, volta a ser Capital do Estado nos últimos dias do mês de julho de cada ano, esta tradição já acontece há vários anos, faz parte das homenagens à antiga capital. A partir de 25 de julho, aniversário de sua fundação, o Governador volta a ocupar por alguns dias o Palácio, durante esse período faz seus despachos, assina decretos, administra toda as atividades do próprio "Palácio das Bandeira". Nessa época o museu fecha suas portas para as visitas de turistas, por estar despachando documentos sérios.

O Palácio das Bandeiras passou por várias reformas, restaurações, remodelações e ampliações, mas conservou suas características originais que faz a diferença histórica daquele lugar. Hoje funciona como centro de atividades culturais, possui mais de 30 cômodos, três pátios com jardins sendo o maior deles em estilo português, também um rico acervo de mobiliário e peças antigas.




A arquitetura desta Igreja demonstra a conservação do patrimônio histórico, pela mostra da base do telhado que não foi alterado na restauração.
Nos muros e casarões antigos, muitos deles remodelados internamente, nas ruas pavimentadas com enormes pedras irregulares, a cidade mantém no presente os reflexos das marcas do passado.







O centro, atualmente, bem urbanizado, marca a presença do progresso.
Ao passarmos pela ponte do Rio Vermelho chegamos à cada de "Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas" (1889 - 1985), mas conhecida como "Cora Coralina", escritora desde os 14 anos, a poetisa publicou seu primeiro livro aos 75 anos, fazia e vendia doces cristalizados para sobreviver.




Quatro anos após a morte de Cora Coralina, a casa velha da ponte tornou-se museu.

O quarto onde Cora dormia é extremamente simples, demonstra toda singeleza daquela mulher, com os vestidos pendurados, observamos os traços da personalidade de uma mulher de cultura singular.



A cozinha também é um espaço diferente, especialmente caracterizado nos costumes da época, com utensílios e apetrechos, já que era lá o local onde a poetisa preparava seus famosos e deliciosos doces. Na casa visualizamos um acervo que consta, com livros, fotos e cartas, lidos e relidos pela poetisa.
Cora Coralina representa para literatura goiana um grande diferencial, comprova que a simplicidade, a perseverância e a força de vontade nos tornam inesquecivéis para a história





No início da tarde passamos para visitar ao Balneário, local onde fizemos nossas refeições e nos deliciamos com as paisagens e banhos de piscina.

Como é comum em todo o espaço turistico, fomos orientados quanto aos cuidados e normas que deveríamos seguir durante a visita.

Ambiente arejado, para saborearmos os deliciosos pratos servidos neste almoço.
Momento de lazer, onde as crianças poderam refrescar nas águas das piscinas.